Um pavilhão em Casal de Santo António, em frente à antiga Fábrica de Papel do Boque, está a servir de logística para todos os bens entregues por particulares e entidades que quiseram prestar ajuda aos moradores na freguesia de Serpins, atingida pelos incêndios de meados de outubro. No último domingo, dia 5, os sete agregados familiares que ficaram sem a sua primeira habitação, foram escolher mercearia, vestuário e roupa de cama para levar para a sua nova casa.
“Tivemos muita ajuda de particulares e empresas. O Exército veio entregar rações para os animais. Não pensei que isto fosse acontecer na minha freguesia, mas afinal de contas existe muita solidariedade”, referiu João Pereira, presidente da Junta de Freguesia de Serpins que, desde o primeiro dia, se mostrou disponível para responder positivamente a todo o auxílio que lhe fosse solicitado.
Escuteiros, bombeiros e particulares ofereceram-se voluntariamente para ajudar na separação dos bens.
Além deste auxílio, a Junta de Freguesia de Serpins, em conjunto com funcionários de entidades ligadas à gestão da floresta, esteve a prestar apoio à população afetada para o levantamento dos prejuízos e respetiva inscrição na plataforma eletrónica do Ministério da Agricultura. “Estamos disponíveis para ajudar em tudo o que seja possível, inclusive algum investimento, claro que com alguma parcimónia porque não há dinheiro para tudo”, acrescentou o autarca, frisando que já foram cedidos blocos e barrotes de madeira para barracões.
Reflorestação das áreas ardidas
“Ainda é cedo, nem sequer ainda pensei nisso”, respondeu João Pereira, quando questionado sobre as medidas de reflorestação das áreas ardidas. “Tem de ser muito bem pensado”, disse, sublinhando ser “uma dor de alma ver tudo queimado”. O projeto da Mata do Sobral, com candidaturas feitas e aprovadas, ficou sem efeito.
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