Não esquecemos o dia 13 de Janeiro de 2018 da Associação Cultural e Humanitária de Vila Nova da Rainha. Faz 4 anos que ocorreu o trágico incêndio, quando decorria uma atividade recreativa na ACHVNR, no concelho de Tondela, distrito de Viseu, que a Confederação Portuguesa das Colectvidades de Cultura, Recreio e Desporto (CPCCRD) acompanhou desde as primeiras horas.

Apesar daquela colectividade não ser nossa filiada, o impulso imediato da Direção da Confederação foi deslocar-se ao local a fim de se inteirar dos acontecimentos. O que estava em causa era uma colectividade do Movimento Associativo Popular e isso não poderia ser ignorado, sendo motivo de preocupação e de manifestação de solidariedade com todos os intervenientes (vítimas, familiares e dirigentes).
O que aconteceu ali naquela noite poderia ter acontecido em qualquer espaço de atividade associativa ou outra, porque o problema de fundo não era e não é exclusivo das colectividades, uma vez que as Medidas de Auto Proteção são obrigatórias por lei.
O Primeiro-ministro e o Presidente da República tomaram posição e prometeram medidas para evitar situações semelhantes no futuro. O assunto foi explorado pela Comunicação Social durante dias seguidos.
Por iniciativa imediata da CPCCRD, em colaboração com a Autoridade Nacional de Proteção Civil, resultou um Manual de Prevenção Contra Incêndios e foi criado um módulo de formação, cuja divulgação foi feita a todas as colectividades a nível nacional e pedida a colaboração da Associação Nacional de Municípios e da Associação Nacional de Freguesias.
No imediato foram feitas propostas ao Ministério da Administração Interna, que ficaram sem resposta. Nos orçamentos de Estado de 2019, 2020, 2021 e 2022 apresentámos propostas que não foram consideradas. Houve grupos parlamentares na Assembleia da República que propuseram medidas e foram rejeitadas.
Resta-nos a esperança que o próximo Governo, saído das eleições de 30 de Janeiro, tome medidas concretas nesta matéria. Passados 4 anos (2018/2022), renovamos a solidariedade com as vítimas, familiares e dirigentes e a nossa determinação de não deixar esquecer este acontecimento e exigir medidas por parte das entidades oficiais.
A Direção da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto
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