O grupo “Rufias”, que representou a entidade organizadora, a Associação para a Recuperação de Cidadãos Inadaptados da Lousã (ARCIL), foi o vencedor da sétima edição do Festival da Canção das Pessoas com Deficiência Mental. Um evento que decorreu na noite de sábado, dia 14, e lotou o Cineteatro da Lousã. A Canção intitulava-se “Velha Memória” e foi a escolhida entre os dez temas apresentados por associações de todo o país, as APPACDM de Vila Nova de Gaia, Moura, Vila Nova de Poiares, APCC de Coimbra, CRIO de Ourém, Casa de São Vicente (Marvila), Cercitejo – Alverca, CERCICaper de Castanheira de Pera, e ainda a participação individual de Hugo Iria, de Gouveia.
Os músicos da ARCIL arrebataram o público e conquistaram o júri com uma canção que apelava à partilha. “Foi muito importante ver-vos atuar, cantar, sobretudo partilhar que é a mensagem que nos levou à canção vencedora”, referiu o músico Hélder Abreu, que presidiu ao júri, composto por mais quatro elementos, o baterista Dinis Soares, Casimiro Jacinto, da direção da ARCIL, Carlos Martins, um dos patrocinadores do evento, e ainda a vereadora da autarquia lousanense, Anabela Rodrigues.
“Ensaiámos esta música durante um mês para o festival, mas todas estas capacidades vêm de um trabalho extenso de alguns anos, porque todos os elementos do grupo estão envolvidos em projetos musicais como os ‘Irmãos do Blues’ e ‘Contradições’”, salientou Sérgio Fernandes, professor de música do grupo vencedor, e também produtor e diretor artístico do festival. “Além dos ensaios das bandas, quatro vezes por semana, têm dez horas de aulas de instrumento individual por semana no Centro de Atividades Ocupacionais da ARCIL”, acrescentou.
A vitória da ARCIL gerou um ambiente de alegria e entusiasmo nos bastidores deste festival, tendo todos os grupos participado na mesmo convívio. Como foi frisado durante o espetáculo, que contou com a participação musical do mirandense Paulo Sousa, “o mais importante é participar”.
Continua na edição impressa do Trevim n.º 1364
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