Vai ser criada a Associação de Estrangeiros na Lousã (AEL). A AEL deverá ter a primeira Assembleia Geral em outubro, altura em que serão definidos os órgãos sociais da coletividade e aprovado o primeiro plano de atividades, prevendo-se que, cumpridos estes primeiros formalismos, a associação esteja constituída até dezembro. Sandra Naranjo, que encabeça a lista à direção dos futuros órgãos sociais, a serem aprovados na reunião de outubro, explicou que os objetivos da constituição deste organismo passam pela integração dos imigrantes, mas também por dar a conhecer o que esta comunidade tem para oferecer ao concelho. “Queremos partilhar também as diferenças culturais que há, o que pode ser enriquecedor para a comunidade local”, disse ao Trevim. Para Sandra Naranjo, as maiores barreiras com que os imigrantes se deparam são burocráticas. “Nos outros países, as coisas acontecem de forma diferente e muitos funcionários públicos não têm a sensibilidade para perceber que as pessoas não sabem certas coisas que aqui são obrigatórias ou elementares para o público. Esta associação vai permitir trocar experiências e prestar esclarecimentos. Também queremos sensibilizar os serviços públicos para que tenham em conta que os estrangeiros têm outra linguagem”, explicou, acrescentando que em Portugal se utiliza muito o “boca a boca” ao invés de listagens com passos a executar. A responsável afirmou, ainda, que a associação pretende também desmitificar alguns preconceitos que ainda existem com a comunidade estrangeira, defendendo, porém que os imigrantes que ainda estão na Lousã, com maior ou menor dificuldade, estão bem integrados. “Portugal tem muitas coisas boas. Aqui há muito a tradição de trabalhar em grupo, que é uma coisa que se perde com a vida mais moderna.
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