Luís Antunes, presidente da Câmara Municipal da Lousã, admitiu hoje que os meios operacionais mobilizados para o incêndio que lavrou no concelho “não foram suficientes” para fazer face às necessidades. “Em muitos momentos, os agentes da proteção civil não foram suficientes para todas as situações que tivemos. Houve falta de meios, atendendo à dimensão do incêndio e à sua complexidade”, referiu à comunicação social, no Aeródromo da Lousã, onde decorreu esta manhã uma reunião “de operação” com o dispositivo municipal de combate a incêndios. O encontro teve como objetivo “fazer o ponto da situação e, em função dos dados, definir os meios que vão estar no terreno e que tipo de operações é que vão ter de ser desenvolvidas”, acrescentou o autarca.
O edil frisou também que se registaram “falhas de comunicação” entre os operacionais, sobretudo no dia de domingo, facto que dificultou “a coordenação de meios” no terreno durante o incêndio, que começou em Vilarinho no domingo de manhã e se estendeu para o concelho de Vila Nova de Poiares, tendo sido considerado dominado na madrugada de hoje, embora as operações de rescaldo e vigilância ainda continuem.
Ao fim da manhã de hoje, o primeiro-ministro, António Costa, reuniu na Câmara Municipal da Lousã com Luís Antunes e os presidentes de Câmara dos concelhos mais afetados pelos incêndios de domingo e segunda-feira, Arganil, Góis, Vila Nova de Poiares, Penacova e Pampilhosa da Serra, com vista a uma avaliação da destruição provocada pelas chamas.
Uma reunião onde esteve também o Secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, o Ministro das Infraestruturas, Pedro Marques e Ana Abrunhosa, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).
Na Lousã, este incêndio consumiu uma área de mais de cinco mil hectares e destruiu, num balanço ainda provisório, seis habitações permanentes, afetou duas unidades industriais em Vale da Ursa, na freguesia de Serpins, (empresas Movicarvalho e Serpins Adelinos), explorações agrícolas, unidades agro-pecuárias (empresa NaturApproach), um salão paroquial no Cabeço da Igreja, uma capela, a antiga fábrica de Papel do Boque, várias viaturas, muitos animais.
0 Comentários