1 de outubro de 1967. O Trevim começa a ser impresso na Gráfica da Lousã, a primeira de várias tipografias por onde passou e se fez também a história do jornal. O pai de José Luís Duarte, este último um dos fundadores do jornal, era dono da empresa. “Com a ligação que eu tinha ao jornal, começou-se a imprimir na Gráfica da Lousã. O meu pai, Joaquim Duarte, era o único proprietário e o jornal foi impresso lá até ao número 60”, conta-nos. Nesta altura, utilizava-se ainda a composição manual e a máquina de impressão então existente. “Era feito letra a letra de chumbo. Juntavam-se as letras numa galé e organizavam-se as linhas. Depois agrupavam-se os artigos para fazer uma página e ia para a máquina”, explica.
O processo era moroso e “demorava pelo menos uma semana para fazer o jornal”. “Imprimiam-se as provas e enviavam-se para a Comissão de Censura”, onde “cortavam o que não lhes convinha”, recorda, acrescentando que, depois, se tinha que acrescentar artigos ou anúncios no lugar onde tinham sido feitos os cortes. Para a composição manual era preciso “três dias no mínimo”, mas “depois de entrar na máquina era rápido”. Em março de 1970, dificuldades financeiras suspenderam a edição do jornal, que regressaria em setembro do mesmo ano, passando a ser impresso na Gráfica de Coimbra, pertencente à Diocese, já com a composição mecânica, linha a linha, em chumbo, utilizando máquinas linotipo. Esta empresa imprimia, na altura, a totalidade (ou quase) dos jornais católicos do distrito e mais uns poucos não confessionais, caso do Trevim. Fazia também a produção de livros, entre os quais, em exclusivo, os do consagrado escritor e poeta Miguel Torga, edição de autor.
Continua na edição impressa do Trevim nº 1364
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