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Dar nome e rosto aos lousanenses que combateram na Grande Guerra

Com a obra “Os Lousanense e a 1.ª Grande Guerra”, que vai ser publicada pela Câmara Municipal da Lousã, em dois volumes, é dada a conhecer a história, não só militar, mas também civil dos soldados que integraram o Corpo Expedicionário Português e combateram na Flandres e em África, no conflito mundial de 1914-1918. O primeiro volume, dedicado à Flandres, foi lançado dia 14 de abril, numa cerimónia onde estiveram familiares dos militares lousanenses, que encheram o auditório da Biblioteca Municipal da Lousã. A investigação foi realizada pelo lousanense José Manuel Almeida, com base nos Arquivos Histórico Militar, da Marinha, da Cruz Vermelha Portuguesa e do Ministério dos Negócios Estrangeiros. O arquivo histórico Municipal, bem como o Arquivo Paroquial da Lousã, o Arquivo da Universidade de Coimbra e os jornais “Alma Nova”, “O Futuro”, “O Povo da Lousã”, “Comarca de Arganil” e o “Trevim” foram outras fontes de informação para o livro.

“História de La-Lys não se fez verdadeiramente”

O Chefe de Estado Maior do Exército, General Rovisco Duarte, presidiu à cerimónia, em que traçou o cenário que poderá ter levado ao conflito mundial. “Pensem em 1800, em Portugal pequenino, na importância das colónias de Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe, e o que era a ambição da Alemanha, França e Inglaterra em querer esses territórios”, referiu o general. Explicou que quando os três grandes se desentendem, entra-se num processo de guerra poucos anos depois da monarquia cair no nosso país, dado lugar à República, o que gerou um clima hostil entre os apoiantes destes dois sistemas políticos. “A noção que havia de defesa das províncias leva-nos à guerra, numa situação económica má”, acrescentou o general, revelando que a Inglaterra suportou as despesas de guerra, dívida que teve de ser paga até aos anos 50. “A história da guerra, a história de La-Lys não se fez verdadeiramente, dado que o Estado Novo não permitiu uma análise perfeita dessa situação”, disse, salientando a quantidade de obras sobre episódios da época que estão a surgir nas autarquias, como a da Lousã. No conjunto de obras lançadas, o general Rovisco Duarte mencionou a realidade “crua” descrita no “Diário de Campanha do General Fernando Tamagnini”, que revela muitas histórias desconhecidas.

Continua na edição impressa do Trevim nº 1377

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Autor: Jornal Trevim

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