A anunciada requalificação do IP3 por parte do governo sem a construção de uma autoestrada de ligação mais rápida entre Coimbra e Viseu não satisfaz autarcas do concelho. Esta semana, o executivo municipal aprovou e subscreveu a tomada de posição que o presidente da Câmara Municipal da Lousã já tinha vindo a defender, Luís Antunes. Embora reconhecendo a importância e a necessidade da intervenção no IP3, o executivo municipal entende que a solução não é a que melhor serve o concelho e a região”, refere nota de imprensa da autarquia lousanense. “Uma solução que contemple apenas a requalificação do IP3 é curta relativamente àquilo que são as necessidades e os interesses de desenvolvimento mais integrado da região”, já havia referido publicamente Luís Antunes, defendendo que a alternativa mais a sul permitiria servir de uma forma mais próxima e mais efetiva um conjunto mais alargado de concelhos e também diminuir tempos de deslocação do “dito” interior para o litoral, de Viseu para Lisboa e de todo o eixo, permitindo rentabilizar o investimento já realizado na A13, permitindo também conexão com o IC6.
“Faz-me lembrar o dossier do metro”
Em declarações ao Trevim, Pedro Curvelo, militante do PSD que sempre defendeu uma alternativa à Estrada da Beira pela margem esquerda do rio Mondego, confessou que esta mudança de decisão por parte do Governo lhe faz lembrar os “episódios do metro”. “Em Agosto de 2015, sugeri a alternativa na ligação entre o Nó de Ceira-Coimbra da A13 e o IC12 em Santa Comba Dão, que passa pela ligação através da margem esquerda do Rio Mondego, servindo em simultâneo os Concelhos do Pinhal Interior como Lousã, Vila Nova de Poiares, Góis, Arganil, Tábua e Oliveira do Hospital”, frisou, reivindicando para si a autoria da criação de um acesso que permitiria uma redução de 15 Km a Coimbra e 20Km a Lisboa. Esta proposta foi em 2017 apresentada pelo primeiro-ministro, António Costa, como uma das possibilidades para fazer a ligação Coimbra-Viseu. Nesta altura, lembra Curvelo, António Costa tinha apresentado dois traçados, um a norte e outro a sul, numa cerimónia onde estavam os presidentes de Câmara de vários concelhos da região. “Agora vêm-nos dizer que o investimento se resume à requalificação do IP3 é mais do mesmo, faz lembrar o dossier do metro, foi um logro”, reiterou.
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