Câmara da Lousã obtém 50 mil euros adicionais para construção de clínica e parte administrativa, cujo concurso público deverá lançar no início de 2021.
A Câmara da Lousã vai beneficiar de uma comparticipação de 50 mil euros do Estado para a construção da valência clínica e administrativa do Centro de Recolha Oficial Animal (CROA), projeto vencedor do Orçamento Participativo (OP) de 2017, que começou a ser construído em abril na Zona Industrial do Padrão.
Em resposta ao Trevim, fonte do município informou que, sendo um CROA composto pelo conjunto do abrigo e das valências administrativa e clínica, “só terminando o processo” poderá “proceder ao licenciamento e respetiva entrada em funcionamento”.
Acrescentou que o concurso para esta parte da obra deverá ser lançado no inicio de 2021.
O edifício destinado ao abrigo de animais “já está construído”, adjudicado à empresa Marsilop – Sociedade de Empreitadas por 124.655,21 euros mais IVA, valor que engloba os 70 mil euros atribuídos ao projeto vencedor do OP de 2017 e uma verba adicional, remanescente do OP de 2018.
O município esclareceu que o montante adicional advém do despacho 10285/2020 do Governo, relativo a candidaturas ao programa de incentivos financeiros à construção e modernização dos centros de recolha de animais de companhia, lançado em 2018.
O diploma, publicado no Diário da República, em 20 de outubro, contempla uma comparticipação de 50 mil euros, num investimento elegível de 149.815,70 euros, o CROA do Lousã.
Proponentes preocupados com atraso
Os proponentes do projeto, Mariana Carvalho, Filipe Serra, Juliana Correia e Andréa Martins, consideram a conclusão do CROA “uma boa notícia”.
Porém, afirmam, por se tratar de um projeto do OP de 2017, “com uma expressão absolutamente gritante da necessidade e urgência de que o concelho necessitava, não podemos deixar de pensar e de lamentar que este será mais um inverno que os animais irão passar num espaço há muito obsoleto e sem as condições mínimas, quando já poderiam e deveriam poder usufruir das melhores condições que, esperamos, este CROA lhes irá proporcionar”.
Os proponentes desejam que “a obra se dê por finalizada o quanto antes”. Em setembro, tinham já explicado ao Trevim que, para ser classificado pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária como CROA, a infraestrutura deveria ter, por exemplo, um gabinete para o médico veterinário municipal, salas de isolamento e quarentena, bem como um gabinete de observação de animais.
Na altura, a Câmara informou que essas dependências faziam parte de “um segundo edifício fora deste procedimento inicial”, garantindo, no entanto, haver “condições para abrir a parte” do alojamento caso seja necessário.
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