Em Pangim, o seu centro histórico está em expansão, com o restauro de várias casas coloniais dos nossos antepassados que, em boa parte, renascerão como hotéis num futuro muito próximo. São pérolas muito apetecidas no mercado imobiliário, mas ao alcance de poucos para as comprar. Mas também há património que o dinheiro não consegue comprar. Passo pelo Altinho, um dos bairros desta cidade, onde se situa o Arcebispado, um enorme edifício de imponência singular. Do seu lado esquerdo, uma estátua de João Paulo II mostra que a Igreja, aqui, continua viva e atual, não tendo perecido com a mudança de poder. Nesta área, cujo exemplo não será único, a maioria das casas continua nas mãos dos descendentes das famílias portuguesas que detinham maior poder e influência, e nos dias que correm, contaram-me os residentes, ninguém se desfaz delas, seja por que preço for.
Passo pela igreja da Imaculada Conceição, a igreja matriz de Pangim. Enquanto falo em português com um sacristão, reparo na estranheza que alguns indianos que ali estão a fazer férias fazem ao entrar num templo que é alheio à sua religião hindu. Mas não é por isso que a desrespeitam, antes pelo contrário. Associam os seus ritos aos nossos e tentam, assim, estar naquele espaço, naquele mundo que lhes é longínquo, da forma que acham mais correta. Um deles, ao entrar, descalça-se, algo que é dispensável para qualquer cristão, mas que para o rito hindu é obrigatório, e por ali vagueia, atento aos pormenores, saindo depois com a mesma discrição com que entrou. Segundo apontam as estatísticas, há cerca de 700 mil cristãos em Goa.
Apesar de pouco normal, será obrigatória uma ida ao cemitério de Santa Inês, a poucos quilómetros dali. A esmagadora maioria das campas tem nomes inscritos em português, mesmo as de quem nasceu após 1961, o ano em que a União Indiana invadiu e anexou este território, bem como os estados de Damão e Diu. Aqui, entrelaçam-se também os rituais hindus e cristãos, fruto de séculos de vivências e partilhas conjuntas.
No entanto, nos últimos tempos, esta convivência tem sido abalada desde que o atual governo, que faz coligação com um partido nacionalista hindu, tem permitido abusos desta religião contra as minorias muçulmana e cristã. Uma semana antes de aqui chegar, um cemitério cristão tinha sido vandalizado, e vem a tornar-se norma cidadãos da religião de Maomé serem discriminados e maltratados, à semelhança do que se passa no resto do país. Mas é nestas situações que o povo goense se levanta e diz “Não!” a esta espiral que tende a agudizar-se e fez uma manifestação, seguida de comício em que participaram membros das três comunidades religiosas para apelar aos valores da Paz entre todos. Não se percebe como um território que durante séculos foi uma confluência de povos e culturas possa nos dias de hoje assistir a este tipo de realidade. Como alguém mostrava num cartaz que vi numa manifestação em Itália contra a guerra no Iraque, já há 14 anos, “A Paz não é de Esquerda nem de Direita, é de todos!”.
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