Eles são temidos pelos adversários e já são uma referência a nível nacional entre os jovens damistas. São conhecidos como “os azuis”, aqueles que cedo ocupam as primeiras mesas nas provas. Desde a fundação em 2015, a Louzandamas-Activar, projecto que teve a sua génese no âmbito do Espaço J, já trouxe para o concelho três títulos nacionais absolutos a que se somam mais sete, também nacionais, entre campeonatos e vice-campeonatos nos diversos escalões etários.
Eduardo Carvalho foi o primeiro campeão nacional de jovens lousanense, em 2015; no ano seguinte Tiago Paiva seguiu-lhe as pisadas e em 2017 foi Afonso Sandinha que logrou alcançar o almejado título nacional, depois de nas anteriores participações ter sempre ficado no pódio da prova rainha da Formação da FPD (Federação Portuguesa de Damas) que este ano está agendada para 8 de dezembro.
O sucesso destes adolescentes está à vista de todos e a fama de vencedores nas competições começa a ser uma evidência. “Vais jogar com os azuis? Vais perder…”, dizem já os adversários.
Para conhecer o segredo deste sucesso subimos ao primeiro andar do edifício camarário junto ao Espaço J, onde funciona a sala de prática. É aqui que os jogadores se encontram às quartas-feiras à tarde, dia em que vários níveis de ensino não têm aulas. Além da camaradagem, o ambiente é de sentido de crescimento e evolução em conjunto. Conhecem a receita para ir vencendo jogo após jogo: calma, concentração no tabuleiro e muito respeito pelo adversário, mesmo que pareça frágil ou inexperiente.
“A Louzandamas é também uma escola de valores. O Jogo de Damas é muito mais do que um tabuleiro e “meia dúzia” de peças. Obriga-nos a sermos justos, pois se não o formos connosco e com o adversário o resultado decepcionar-nos-á”, referiu Filipe Paiva, que orienta os jogadores. Ele próprio foi praticante e chegou a vice-campeão nacional de juniores, tendo sido já ultrapassado pela primeira linha lousanense, composta por Afonso Sandinha, Eduardo Carvalho e Tiago Paiva, jovens que estão no projeto desde o primeiro minuto.
Continua na edição impressa do Trevim n.º 1370
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