“Idosos estão cada vez mais limitados fisicamente, alguns, inclusivamente ficaram acamados durante o período de confinamento”
Desde o início de setembro que a Associação Recreativa Cultural e Social das Gândaras (ARCSG) presta apoio a 17 idosos na sua valência de centro de dia, um número inferior à lotação que tinha habitualmente. Apesar das condicionantes impostas pelo novo coronavírus, tudo “tem corrido bem”. Gilda Silva, presidente da direção, informou que, até à data, ainda não existiriam “quaisquer orientações para a realização de testes” à Covid-19 e que, segundo informação que obteve, só deverão ser feitos “se existir um caso suspeito”. Segundo a responsável, a associação tem “cumprido as normas emanadas pela Direção-Geral da Saúde, mas ainda sem visita das entidades de saúde competentes”.
Garantir o distanciamento social entre funcionários e utentes tem sido “difícil” face às “limitações físicas de alguns idosos, que têm necessidade de apoio direto das funcionárias nomeadamente para a higiene pessoal, o acompanhamento à casa de banho bem como, nas atividades individualizadas”. Como estratégia “para promover o convívio tem-se privilegiado a música, atividades ao ar livre como ginástica, pequenos passeios e idas à igreja” e a instituição tem ainda disponível a aplicação informática siosLIFE que permite atividades interativas em contacto com familiares com vista ao desenvolvimento cognitivo. Gilda Silva refere que, apesar disso, “sente-se que os idosos estão cada vez mais limitados fisicamente, alguns, inclusivamente ficaram acamados durante o período de confinamento, agravado em situações onde o relacionamento familiar é fraco ou inexistente”.
A pandemia tem afetado a ARCSG em especial em termos financeiros verificando-se “encargos maiores e receitas menores” como é o exemplo dos gastos com transportes. “Dentro das carrinhas tem que ser respeitada a distância de segurança, o que implica mais viagens para os mesmo número de utentes”. Por outro lado, a necessidade de as colaboradoras de respostas sociais diferentes não se cruzarem, implica termos colaboradoras especificas só para os transportes”, concluiu.
ADIC mantém serviço domiciliário
O centro de dia da Associação de Defesa do Idoso e da Criança de Vilarinho (ADIC) continua fechado, embora os 25 utentes que abrange continuem a receber auxílio Serviço de Apoio Domiciliário (SAD). Segundo Joaquim Seco, secretário da direção, até ao momento, na ADIC “não se evidenciou qualquer sintoma relacionado com a Covid-19”, e os funcionários das várias valências da associação testaram negativo à doença.
Na sua opinião, apesar “da vigilância constante à saúde e higienização dos hábitos e costumes dos utentes nas residências, no momento, o redobrar desta atividade, associada à sensibilização, e com o grande apoio da família, reforça a proximidade e a confiança nos seniores”.
As medidas recomendadas da Direção-Geral da Saúde, acredita, “são bitolas fundamentais na prevenção, e procurando sempre a valorização desses procedimentos, a experiência do dia-a-dia das funcionárias complementa a ação”.
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