A tratar o Downhill por “tu” desde tenra idade, Gonçalo Bandeira, atleta lousanense que representa a Miranda Factory Team, tem nos seus planos continuar a competir a nível profissional
Sabemos que a tua família está muito ligada ao Downhill. Conta-nos como começou a tua experiência nesta modalidade.
Comecei muito novo, juntamente com as minhas irmãs e o nosso pai. Aos quatro anos comecei a ir para a serra com eles, as minhas irmãs competiam também e fez com que sempre estivesse ligado ao downhill e à competição.
Todos os títulos têm muito trabalho e empenho. Quantas horas treinas semanalmente?
Depende da época do ano. Mas tento treinar por dia cerca de quatro horas.
Quando falamos em Downhill, não falamos apenas em treinos nos circuitos. Que outro tipo de preparação física é necessária?
Há muito trabalho físico envolvido. Treino no ginásio, faço estrada, corro, alongamentos, ando de mota. Tento diversificar, de forma a evoluir a minha forma física e alcançar uma melhor performance. Depende muito se é pré-época ou época.
Qual a prova mais marcante até hoje?
A prova que mais me marcou foi agora, recentemente na Lousã. Sempre foi um sonho ver uma Taça do Mundo na Lousã e ver esse sonho realizado e poder competir nesta corrida foi fantástico.
Apesar da situação atual em que vivemos, considero que foi a corrida em que tive mais prazer em competir, mesmo sem público. Senti um enorme orgulho em poder competir em casa e mostrar aos meus colegas do circuito o enorme potencial que temos aqui. E foi espetacular ver as reações de todos, que adoraram a pista e a Lousã.
Os teus feitos a nível desportivo levam-te a competir contra os melhores da modalidade. Sentes o “peso da responsabilidade” de teres de levar longe o teu nome, o da Lousã e o da tua equipa, sendo tão jovem?
Sinto, claro. Não há como não sentir. Mas penso que é normal e faz parte saber lidar com isso. E estou sempre a aprender.
No início de uma prova/campeonato, quando estás prestes a arrancar, quais são os teus pensamentos?
O meu objetivo é sempre dar o meu melhor e alcançar sempre melhores resultados que os anteriores.
A tua irmã Margarida tem-te acompanhado nos pódios. Como é para vocês, irmãos, embora em categorias diferentes, partilharem estas vitórias?
Sempre andei com a Margarida. Temos as nossas brincadeiras de irmãos, normal. Mas é um orgulho partilhar com ela estes momentos e ver também a evolução dela neste desporto.
A pandemia afetou a tua carreira desportiva?
Penso que, infelizmente, afetou a todos. Houve poucas corridas, foi uma época muito rápida e curta. Sendo o meu último ano como júnior gostaria de ter podido competir mais.
Para já, quais são os teus planos para o futuro?
Os meus planos passam por conseguir continuar a competir a nível profissional. E evoluir neste desporto. Treinar muito para alcançar os meus objetivos.
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