Equipamento será palco de exposições, oficinas e workshops
O projeto cultural “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria” (MPGDP) vai ter um centro interpretativo em Serpins, previsto para abrir portas em 2022, num anexo da antiga Casa Cortez.
A transformação de parte do imóvel vai ser financiada a 80% pelo programa de Renovação de Aldeias, do Programa de Desenvolvimento Rural 2020, a que a MPGDP se candidatou, através da Duceira, contando com o apoio das câmaras da Lousã, Vila Nova de Poiares e Miranda do Corvo.
O centro interpretativo, projetado pela a arquiteta Catarina Enes, vai funcionar num espaço de 90 metros quadrados, um anexo da Casa Cortez que nas décadas de 60 e 70 do século XX albergava aulas de costura e onde funcionava a adega “A Fraga”, contou ao Trevim, o diretor artístico da MPGDP, Tiago Pereira. A ideia é também voltar a dar vida ao espaço que se pretende transformar na sede física da MPGDP, o epicentro da gestão das atividades da associação, a nível local e nacional.
Segundo o documentarista, o piso térreo terá uma sala de exposições, uma mesa de boas vindas e outra interativa, em que será possível consultar o sítio electrónico da MPGDP e uma mapa da região centro com as gravações das gentes e sons deste território. No piso superior haverá uma sala multiusos, que pode servir para a realização de espetáculos, debates e conferências ou até para exibição de filmes mas também onde vão decorrer, ao fim de semana, oficinas seja para “aprender instrumentos musicais” ou “a fazer cestos”. Vai ser ainda possível, a partir da sede, fazer passeios turísticos a pé por Serpins, de auscultadores na cabeça, “ouvindo as memórias das pessoas que as pessoas daqui nos foram contando à medida que se vai passando pelos espaços”.
Em janeiro, a MPGDP, em estreita parceria com a associação Activar, através do programa Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS), começou a gravar a cultura popular do concelho da Lousã e até à data “tem corrido incrivelmente”. A equipa tem contactado com pessoas das mais variadas origens e essências, com estórias e cantigas para contar, que tem divulgado nas suas plataformas digitais e também no canal televisivo RTP Memória, no P3, do jornal Público, e na Antena 2.
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