Relatório da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, referente a 2019, atribuí percentagem de 97,28% à Lousã
O concelho de Miranda do Corvo foi um dos 22 municípios da região centro a registar, em 2019, um índice de 100% no indicador de água segura, de acordo a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), que coordena e fiscaliza a aplicação da legislação para a qualidade da água.
Segundo os dados do Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal, que sintetiza a informação mais relevante relativa à qualidade da água com base em resultados de dez entidades gestoras do abastecimento em alta, o país apresentou, em 2019, um índice médio de água segura de 98,66%. Em 204 dos 278 concelhos avaliados, registou-se “um bom desempenho” com uma percentagem de água segura igual ou superior a 99%”. Trinta e sete concelhos alcançaram um indicador de 100%: nove na região Norte, 22 no Centro, dois em Lisboa, três no Alentejo e um no Algarve.
Destaque para Miranda do Corvo, que atingiu os 100%, tal como o município de Vila Nova de Poiares, tendo a Lousã registado um índice de 97,28%, valores que resultam do cálculo entre a percentagem de análises realizadas á água, e a percentagem de cumprimento dos valores paramétricos fixados na legislação, apurados através de dois controlos de rotina e um de inspeção.
Olhando para a evolução da percentagem de água segura por concelho, entre 2015 e 2019, verifica-se que o índice de 97,28% registado pela Lousã em 2019 é o mais baixo dos cinco anos em análise: em 2015 registou 99,44%, depois 99,61%, 98,65%, 98,85% e por fim 97,28%. Durante o mesmo período, os concelhos de Miranda do Corvo e Vila Nova de Poiares mantiveram índices sempre acima dos 99%.
No relatório anual, a ERSAR refere que “apesar da percentagem de cumprimento dos valores paramétricos ter atingido um nível elevado, verifica-se que, face aos resultados de 2018, 134 concelhos conseguiram melhorar o seu desempenho”. Comparando o indicador de água segura de cada concelho com a média nacional de 98,66% “constata-se que cerca 84 dos 278 concelhos apresentam valores abaixo desta média”.
Os sistemas multimunicipais das dez entidades gestoras em alta “que em 2019 foram responsáveis pela captação, tratamento e fornecimento de água a cerca de duas centenas de entidades gestoras em baixa, entregaram de forma contínua uma água de excelente qualidade” afirma a ERSAR, admitindo que “ainda existem alguns aspetos que carecem de melhoria”. Segundo a reguladora nos últimos dois anos as entidades gestoras em alta “não conseguiram identificar as causas de cerca de 68% dos incumprimentos dos valores paramétricos detetados” pelo que considera “fundamental que melhorem os seus processos de monitorização e investigação”.
No geral e segundo a Deco, organização de defesa do consumidor “no que toca a um bem de primeira necessidade, os nossos indicadores são de primeiríssimo mundo”. A água pública, refere, “é boa para a saúde e para o bolso do consumidor, além de ser uma escolha mais amiga do ambiente”.
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