O XI Jantar da Fraternidade proporcionou duas horas de excelente música que empolgou os cerca de 100 admiradores de Zeca Afonso reunidos em confraternização na sede do Rancho Infantil Estrelinhas da Ponte do Areal, no dia 28 de fevereiro.
Após o repasto, os cinco músicos convidados iniciaram o concerto com “Canção do desterro”, do LP “Traz outro amigo também” (1970), gravado por José Afonso em Londres quatro anos antes da revolução do 25 de Abril.
Por iniciativa do jornalista Casimiro Simões, que tem dinamizado a iniciativa desde os primórdios, foi guardado um minuto de silêncio pelos comensais que marcaram presença em sucessivas edições do encontro e que partiram nos últimos anos: Alice Simões Pereira, António Ramos de Carvalho e António Mesquita Pinto Ângelo (Lousã), Nelson do Rosário Anjos e Zola Gonçalves (Miranda do Corvo) e João dos Santos Colaço (Mira).
“Com emoção, muita amizade a suprema alegria, aqui nos reunimos de novo para confraternizar, cantar, ouvir cantar e tocar. Honramos a memória de um grande português que nos deixou uma obra poética e musical ímpar”, afirmou.
O também presidente da direção da Cooperativa Trevim evocou ainda republicanos e antifascistas, da Lousã e da região, que combateram as ditaduras, entre 1926 e 1974, tendo alguns deles sofrido nas cadeias e na deportação.
“Ao longo dos 48 anos de autoritarismo e repressão, contribuíram de diferentes formas, com a sua luta firme, para o derrube do fascismo e a instauração da democracia, cujo meio século estamos a comemorar”, referiu.
Neste contexto, designadamente, enalteceu Álvaro Viana de Lemos, António Pires de Carvalho, José Maria Cardoso, Hermínio Martins, Adelino Mendes, Jorge Antunes dos Santos, Ismael Fernandes ‘Leiteiro’, Armando Baptista, Fernando Neto, Louzã Henriques e Kalidás Barreto.
Na maioria, os presentes que mais uma vez quiseram homenagear o autor de “Grândola, Vila Morena”, incluindo dirigentes associativos e alguns autarcas de diferentes partidos, eram da Lousã, mas vieram outros de Condeixa-a-Nova, Miranda do Corvo, Castanheira de Pera, Góis, Cascais, Seixal, Setúbal e Oliveira do Hospital.
O serão foi ao rubro com os artistas João Queirós e Ramiro Simões, os elementos da banda Ginga Arménio Santa e Santos Simões e Luís Garção Nunes, da Brigada Victor Jara.
Outro momento alto foi a intervenção da professora e escritora lousanense Filomena Martins, que declamou um poema da sua autoria dedicado a Zeca Afonso, “Panteão”, concebido expressamente para este Jantar da Fraternidade.
Tendo começado por ser um tributo a Zeca e ao 25 de Abril promovido por músicos do antigo grupo Novárvore, fundado em 1978 por Casimiro Simões e Ramiro Simões, o programa tem sido apoiado por instituições locais e, de novo, pelo Licor Beirão.
Quando a Lousã está ainda a celebrar os 50 anos do 25 de Abril, a realização cultural e cívica teve contributos das cooperativas Trevim e Arte-Via, jornal Trevim, Liga de Amigos do Museu Etnográfico Louzã Henriques e Associação São Lourenço.
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