Foi na casa de Manuel Vaz, antigo correspondente das Gândaras, falecido em 2004, que o Trevim festejou os seus 58 anos de atividade.
O Café “O Vaz” recebeu, no dia 15 de novembro, todos aqueles que responderam ao apelo para um convívio de solidariedade com o jornal.
Entre os presentes, esteve José Luís Duarte, um dos sete fundadores do Trevim, e os restantes foram recordados, sobretudo os que já partiram: Pedro Júlio Malta, António Neves Ribeiro, João Poiares da Silva e Rui Fernandes.
Na comemoração do aniversário, Carlos Sêco, presidente da direção da Cooperativa Trevim, não pôde deixar de alertar para o momento difícil que o jornal atravessa, em resultado do decréscimo do número de assinantes.
A deficiente distribuição pelos CTT tem também contribuído, segundo o responsável, para muitas desistências de assinantes do Trevim, agravando a situação financeira da instituição, que emprega três trabalhadoras.
Num tempo dominado pelas redes sociais, “é fundamental redefinir os objetivos”, realçou Carlos Sêco, lembrando que “a Lousã não pode existir sem o seu jornal”, pelo que “é fundamental os lousanenses tornarem-se assinantes”.
“Só assim, com o apoio de todos, incluindo comerciantes e empresários, o Trevim poderá reerguer-se”, acrescentou.
Carlos Sêco evocou ainda Manuel Vaz, que desde 1967 escreveu, quase ininterruptamente, nas colunas do Trevim sobre a zona das Gândaras.
A professora Palmira da Luz Sales foi outra personalidade ligada à Cooperativa e ao jornal também evocada naquele fim de tarde.
Para o efeito, Carlos Sêco, acompanhado ao piano por Jó Dutra, interpretou “Mirita”, uma canção da sua autoria com letra de Filomena Martins.
Também o escritor João Luso foi homenageado, ao ser cantado o tema original “Soberba”, cujo poema foi escrito em 1900 por aquele jornalista lousanense que se notabilizou no Brasil.
Jó Dutra também deu o seu contributo, interpretando algumas das músicas do seu CD de estreia, “Temas e Devaneios”.
Por sua vez, Casimiro Simões, antigo diretor do periódico, enumerou algumas das atuais dificuldades da Cooperativa, lamentando a reiterada recusa do anterior executivo municipal da Lousã, liderado por Luís Antunes, de publicar as deliberações da Câmara e da Assembleia Municipal no jornal local mais lido, neste caso o Trevim, como previsto na lei.
O também membro da direção da Cooperativa salientou que, nesta matéria, a Lousã tem contrastado com municípios vizinhos, como Coimbra, Góis e Miranda do Corvo, cujas câmaras, nos últimos anos, cumpriram a legislação em vigor, divulgando as decisões aprovadas.
A terminar, não podiam faltar os “parabéns a você”, perante o presidente da mesa da assembleia geral, Luís Jorge das Neves Duarte.
Coube a José Luís Duarte, um dos fundadores, soprar as velas do bolo de aniversário, oferecido por uma amiga do jornal, a lousanense Dina Ferreira, que tem a mesma idade do Trevim, pois também nasceu em outubro de 1967.
0 Comentários