Foi com “enorme satisfação” que Pedro Curvelo, ex-autarca do PSD da Lousã e defensor de uma alternativa à estrada da Beira, encarou o anúncio de concurso público para um estudo de viabilidade de uma variante à EN17, por iniciativa da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra. Em causa está uma alternativa à estrada da Beira já defendida pelo engenheiro civil, que permita uma ligação entre o termo da autoestrada A13 em Ceira (Coimbra) e a Ponte Velha, incluindo a ligação ao IP3 e IC6.
O ex-vereador considera “esta obra, a par da construção da linha do caminho de ferro há mais de cem anos, como a mais importante para o desenvolvimento da Lousã”, acreditando “que dentro de dois anos possa ser lançada” uma vez assegurado financiamento europeu.
A alternativa à EN17 é um processo conturbado, que Pedro Curvelo acompanha desde 1997, quando fez a primeira proposta, que seria aprovada pela Assembleia Municipal da Lousã com o voto de qualidade do presidente da mesa, Luís Gonçalves. Em 2004 conseguiu fazer aprovar no mesmo órgão uma recomendação para uma ligação da variante a Foz de Arouce ao IC3, futura A13 em projeto. Entretanto, ambas foram construídas mas os executivos municipais da Lousã “não conseguiram ter peso político para fazer acontecer essa ligação”.
Traçado apresentado em 2015
Chegados a 2015, durante a fase de inquérito público para a chamada Via dos Duques, para uma anunciada auto estrada entre Coimbra e Viseu, o técnico lousanense sugeriu em alternativa a ligação entre o nó de Ceira da A13 e o IC12 em Santa Comba Dão, pela margem esquerda do Mondego, servindo em simultâneo os concelhos da Lousã, Poiares, Góis, Arganil, Tábua e Oliveira do Hospital.
Pedro Curvelo criticou então o traçado apresentado pela Infraestruturas de Portugal, que nunca chegaria a avançar, implicando uma nova travessia do Rio Mondego e um túnel no Tovim (Coimbra), “com custos de construção elevadíssimos e sem diminuição de distância a percorrer”.
Conforme lembrou, em 2017 o “Governo chegou a fazer o projeto da autoestrada Coimbra-Viseu, que contemplava este traçado, e que tinha duas alternativas, uma mais sul e uma mais norte”. Entretanto, “há um ano e tal António Costa deixou cair o plano em detrimento da requalificação do IP3, que decorre atualmente”. À data, os presidentes das câmaras de oito concelhos da região tomaram posição pública a favor da alternativa a sul, que agora se volta a ser considerada pelo anunciado estudo de viabilidade da CIM-RC.
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