Dia 17, todos os alunos do Agrupamento de Escolas da Lousã (AEL) estão de regresso à escola embora num contexto diferente. A pandemia de Covid-19 obriga a normas de limpeza mais apertadas, a ajustamentos nos horários e limita a circulação de pessoas
Segundo informou o diretor do AEL, Pedro Balhau, ao Trevim, a recepção aos alunos será feita de forma faseada, dias 15 e 16, “para evitar aglomerados de pessoas, havendo atividades distintas para os alunos e para os encarregados de educação de acordo com as datas e horários divulgados na página electrónica do AEL”.
Seguindo “dentro do possível” as orientações da Direção-Geral da Saúde e do Ministério da Educação, este ano letivo prevê a implementação de mais de 50 medidas de segurança, destacando-se a disponibilização de três máscaras reutilizáveis; aquisição de mais de uma centena de dispensadores de álcool-gel; circuitos de passagem e limitação da lotação de alguns espaços; desfasamento de alguns intervalos; turnos para o almoço; permanência na mesma sala, exceto em disciplinas específicas e o reforço na aquisição de produtos de limpeza e desinfecção.
Tendo em conta “o número e a dimensão das turmas não será possível, em muitas disciplinas, assegurar o afastamento recomendado entre os alunos” o que levou ao ajustamento da hora de saída “para permitir o desfasamento dos intervalos maiores e da hora do almoço”. A maioria das turmas “tem mais uma tarde livre para permitir maior flexibilidade em caso do ensino remoto de emergência e reduzir a pressão sobre os refeitórios”.
De acordo com Pedro Balhau, o horário foi influenciado pela “limitação a duas turmas em simultâneo nos ginásios, desdobramento de horários nas disciplinas do ensino profissional, almoços por turnos e pelo tempo necessário à desinfecção de espaços” pese embora tenha havido um “grande esforço” para ajustar esta calendarização “aos transportes, atividades extraescolares e às rotinas das famílias”.
O AEL elaborou três planos que explicam os procedimentos para os casos suspeitos de Covid-19, a transição do regime presencial para o misto ou para o não presencial se houver agravamento da pandemia bem como o funcionamento do ensino a distância, que sofreu alguns ajustes após avaliação no último ano.
Os docentes estão assim a planear as atividades para os possíveis três regimes de funcionamento e também a rever os critérios de avaliação, informou.
Mais alunos no Secundário
No ano letivo 2020/2021, o AEL tem mais 19 alunos a frequentar o Ensino Secundário, o que levou à criação de mais uma turma. Registou-se também um aumento de 20 alunos no 2.º ciclo e também de 15 crianças no ensino pré-escolar. Há um decréscimo de 62 alunos no 1.º ciclo e de 30 alunos no 3.º ciclo, uma situação que, segundo Pedro Balhau, é o “reflexo da baixa natalidade ocorrida entre o período de 2008 e 2011, como resultado da crise que o país vivenciou”. Mantém-se o número de alunos nos cursos profissionais, que em 2019, contavam 63 inscritos.
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