Erradicar a flora invasora e plantar espécies autóctones foram os principais objetivos da ação de voluntariado ambiental que se realizou dia 3 na Mata do Sobral, que integra os Baldios de Serpins, atualmente sob gestão da Junta de Freguesia de Serpins e também pelo ICNF.
A iniciativa, cuja primeira data, 15 de março, foi suspensa devido à pandemia, insere-se num projeto da Câmara Municipal da Lousã (CML), Junta de Freguesia de Serpins em parceria com a Activar, a Associação Empresarial da Serra da Lousã, “associações responsáveis por operacionalizar as ações de voluntariado dirigidas à comunidade e às empresas”, lê-se num comunicado da autarquia.
A atividade juntou 20 participantes, divididos por grupos, cumprindo as regras da Direção-Geral da Saúde, num trabalho dividido em três fases.
A primeira no descasque de acácias, como forma de controlo da “invasora tão presente na área florestal da Lousã”, passando para o arranque de háqueas, uma outra invasora que já invadiu várias zonas do concelho e, por último, a plantação de espécies autóctones “tendo como objetivo a regeneração de parte da mancha florestal destruída pelo incêndio de 2017”.
Em resposta ao Trevim, sobre a capacidade técnica dos voluntários para levar a efeito esta ação, a CML, enquanto copromotora do projeto, informou disponibilizar “o conhecimento técnico do Gabinete Técnico Florestal para acompanhamento dos trabalhos” e que “existiu formação especializada ministrada pela Universidade de Coimbra às entidades que responsáveis por dinamizar as ações”.
De acordo com a autarquia, entre outubro deste ano e fevereiro de 2021, está previsto um conjunto de ações de combate a invasoras na Mata do Sobral, e neste âmbito, “ao longo dos próximos meses a comunidade vai ser chamada a dar o seu contributo na recuperação do seu património ambiental”.
Marca “Mata do Sobral” desenvolvida por empresa de Lisboa
A Câmara Municipal adjudicou, em abril passado, à empresa Ivity Brand Corp. – Criação e Gestão de Marcas, com sede em Lisboa, o desenvolvimento conceptual a marca “Mata do Sobral”, por um valor global de 28.999,71€ (com IVA).
O serviço acordado, que de acordo com informação publicada no portal de contratos públicos BASE, foi concluído em maio, incluiu, segundo esclareceu ao Trevim a CML, “a definição da estratégia e do plano de comunicação bem como as diversas adaptações da referida marca, como por exemplo para sinalética específica para zona de receção/entrada, sinalética para os percursos existentes, sinalética das espécies de interesse, lay outs para divulgação específica das ações a promover (como publicidades em jornais e outros suportes) e também materiais de promoção”.
A contratação da referida empresa, cujo “portefólio deu garantias de prestação de um serviço de qualidade”, resultou de uma consulta “a mais que uma entidade, sendo que a empresa que apresentou a proposta financeiramente mais vantajosa foi a vencedora”.
A criação desta marca “insere-se na estratégia definida para posicionar a Mata do Sobral com a dignidade e expressão que a mesma merece, nomeadamente porque é entendimento da autarquia que este é um local de referência onde existe um conjunto de espécies (sobreiros, medronheiros, entre outros) que merecem ser preservados e dados a conhecer com maior amplitude e qualidade”.
Anunciando que a definição da marca “está concluída”, a autarquia avançou ainda estarem “a ser definidas as datas e a forma para que a mesma possa ser apresentada brevemente”. O processo definido para a Mata do Sobral, “como outros, sofreu atrasos significativos devido à pandemia, estando agora a ser retomados todos os trabalhos”, estando a decorrer “ações de voluntariado, trabalhos de silvicultura e outras ações que serão entretanto agendadas”.
0 Comentários