Consignada em setembro passado, a empreitada de instalação do sistema de autocarros elétricos do tipo “Metrobus” no antigo ramal ferroviário da Lousã dura há quase seis meses.
A propósito, o Trevim solicitou à empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP) um ponto da situação da obra.
Na resposta, a IP, através do seu gabinete de comunicação, informou que as intervenções estão a decorrer “a um ritmo normal” e “dentro da calendarização prevista”.
Os trabalhos têm acontecido “na sua maioria em zonas rurais, entre Serpins e a paragem do Casal do Espírito Santo”, bem como entre o Casal Pequeno e o túnel do Toco, localizado entre os apeadeiros de Trémoa e Moinhos, e entre o Meiral e o Padrão.
Aqui, estão a ser criados acessos a diversas frentes de obra e plataformas de trabalho, incluindo “a desmatação, decapagem, limpeza do canal e construção de muros de contenção de terra”, explica a fonte. Também os trabalhos de geotecnia, “essenciais para a criação de condições de estabilidade e segurança, decorrem nos vários taludes do canal, em particular entre Serpins e o Casal do Espírito Santo”.
No canal, segundo a IP, “continua a preparação dos cais das plataformas das antigas estações ferroviárias, preparando-as para as novas paragens” e estão a arrancar os trabalhos “de adaptação do caminho de cabos de eletricidade e sinalização e da rede de drenagem enterrada ao novo traçado rodoviário”.
Na nova passagem superior rodoviária na EN342, junto ao antigo apeadeiro do Arneiro, “foi concluída a execução de estacas verticais de fundação e iniciou-se a construção dos maciços de encabeçamento dos encontros e montantes que suportarão o tabuleiro rodoviário. Posteriormente, executar-se-ão os aterros para criação das rampas de acesso ao tabuleiro”.
Quanto às pontes da Portela, de Ceira, do rio Dueça e de Serpins, decorrem obras “de reforço dos encontros e dos pilares ao nível das fundações e do tabuleiro, com micro estacas e a montagem de andaimes e plataformas de trabalho suspensos para permitir o tratamento da estrutura metálica”.
Está igualmente em curso “a preparação da substituição dos aparelhos de apoio do tabuleiro nas pontes” e também “na zona dos pilares na ponte de Serpins foram efetuadas sondagens de prospecção geotécnica adicional”.
Adianta a IP que, “nos taludes já desmatados e perfilados, vão iniciar-se os trabalhos de contenção contra o deslizamento de pedras”.
O consórcio Comsa-Fergrupo foi o vencedor do concurso público lançado há mais de um ano pela IP, no valor 23,7 milhões de euros.
A obra tem um prazo de conclusão de 18 meses, contado a partir da consignação, em setembro, em Serpins, numa cerimónia presidida pelo ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.
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