Os sócios da Cooperativa Trevim, reunidos em assembleia geral no dia 29 de março, elegeram por unanimidade os órgãos sociais para os próximos dois anos, com algumas novidades ao nível dos titulares.Logo que os eleitos tomarem posse, com a brevidade possível, a presidência da mesa da assembleia é assumida por Luís Duarte, em substituição de Pedro Júlio Malta, que faleceu em novembro.
Quadro superior da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Luís Duarte é filho de José Luís Duarte, que em 1967 esteve com Pedro Malta e mais amigos na fundação do Trevim.
O novo presidente da direção é o professor Carlos Sêco, que sucede no cargo ao jornalista Casimiro Simões. Os dois já foram diretores do jornal em diferentes épocas.
Os dirigentes para o biénio 2025-2026 foram eleitos em lista única apresentada pela direção, com contributos da mesa e do conselho fiscal, órgão que continua a ser presidido pelo advogado e professor universitário Alcides Martins, oriundo de Vilarinho e radicado em Lisboa.Para o conselho editorial do Trevim, os cooperadores indicaram, também por voto secreto, os nomes do empresário José Redondo e do juiz José Avelino Gonçalves, que assim se mantêm no órgão de consulta das direções da Cooperativa e do quinzenário.
Também por unanimidade, foram aprovados o relatório de atividades e as contas de 2024, que registaram um resultado líquido negativo próximo dos 15.200 euros.
No período em análise, os rendimentos e ganhos totalizaram cerca de 84.600 euros, mas os gastos e perdas foram de 99.804 euros.
Os sócios aprovaram ainda uma alteração aos estatutos da Cooperativa, que decorre da sua adaptação ao Código Cooperativo, processo que foi apoiado pelos serviços jurídicos da Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES).
Ao apresentar o relatório de atividades, o presidente cessante da direção elencou situações que “têm funcionado como um verdadeiro garrote” ao equilíbrio financeiro da Cooperativa, cuja produção cultural e informativa é mantida graças à união de esforços dos voluntários e das três trabalhadoras.
Casimiro Simões deu o exemplo da “publicidade institucional de diferentes organismos e campanhas do Estado e dos organismos regionais”, que quase não chega ao Trevim.
Quanto ao porte pago, a anunciada duplicação desta ajuda de 40% para 80% foi aprovada pelo Governo, mas não entrou ainda em vigor.
Entretanto, apesar de recentes “boas notícias no plano legislativo”, a publicação obrigatória das deliberações da Câmara e da Assembleia Municipal da Lousã no jornal mais lido do concelho “continua a marcar passo”, lamentou.
Casimiro Simões disse que as diligências de anteriores direções da Cooperativa não encontraram até agora “vontade de resolver o problema” da parte dos autarcas responsáveis.
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