Mantida rotunda junto à Pousada da Juventude
Junto à Pastelaria São Silvestre, no acesso à Pousada da Juventude da Lousã, vai afinal continuar a haver uma rotunda, contrariamente ao que estava definido no projeto para a avenida São Silvestre no âmbito do plano de regeneração urbana definido pela Câmara Municipal, disse o adjunto do presidente ao Trevim. A eventual eliminação da rotunda no local gerou insatisfação entre o público na apresentação da empreitada, no início do ano, tendo alguns munícipes alegado aumento do perigo de acidente, redução da fluidez na circulação em horas de maior trânsito e necessidade de haver um ponto de retorno na via para quem, por exemplo, procura estacionamento.
Na realidade, não será mantida a rotunda existente, mas prevê-se agora “criar uma nova praticamente no mesmo local”. O troço da São Silvestre entre a avenida Coelho da Gama e o cruzamento com a rua Henrique Figueiredo está atualmente interdito à circulação, devido à empreitada que engloba a primeira artéria e a rua António Batista de Almeida, com um valor a rondar os 450 mil euros, comparticipado por fundos comunitários (cerca de 230 mil euros).A obra, a cargo da empresa Windpark, tem um prazo de execução de 140 dias e “contempla a instalação de infraestruturas de águas, construção de passeios, substituição da iluminação pública e instalação de mobiliário urbano”, informou a mesma fonte.
Continuam também a decorrer os trabalhos na rua General Humberto Delgado e no largo da Graça. Logo que estejam concluídos, será efetuada a intervenção na rua dos Combatentes da Grande Guerra, referiu.
A intervenção na praça Cândido dos Reis está prestes a entrar “em fase de conclusão”, segundo a autarquia.
Segundo justificou, o cruzamento da rua Pires de Carvalho, rua Comendador Montenegro e rua 1.º de Dezembro esteve condicionado à circulação para trabalhos de “ligação e fecho de redes hidráulicas, nomeadamente águas pluviais”.
PSD questiona estreitamento de vias
Na reunião da Assembleia Municipal do dia 25 de junho, Carolina Cabral, do PSD, considerou que, na sequência das obras, “muitos cruzamentos exigem uma condução preciosa, quase ao centímetro, devido às barreiras metálicas que foram plantadas em grande quantidade, desfavorecendo a fluência normal e desejável do trânsito”. Verificou “com tristeza” a “diminuição das vias rodoviárias, sem existir, por exemplo, qualquer aproveitamento das mesmas para a criação de eventuais ciclovias”. Por sua vez, Sérgio Pedroso, também do PSD,questionou o executivo sobre “o porquê de se ter estreitado tanto as vias”, sendo que em “alguns pontos as viaturas mal passam e têm que subir os passeios”. Referindo-se à rua do Comércio, perguntou ainda se “uma viatura de incêndio consegue passar” naquela artéria, que “está bastante afunilada”.
Apesar de concordar “que as vias rodoviárias estão a diminuir a sua largura”, o presidente da Câmara, Luís Antunes, disse que esses veículos circulam no local. “As barreiras físicas existem para que os automobilistas respeitem o espaço dos peões”, adiantou. Na sua opinião, “quem anda a pé reconhece as vantagens na realização destas obras”.
O autarca admitiu que o tempo de execução dos trabalhos “não está a ser cumprido” e que a Câmara “tem vindo a diligenciar para serem, tanto quanto possível, mais céleres”.
Apelando “à compreensão de todos para o processo de evolução da introdução de mudanças”, Luís Antunes disse ser “importante que os condutores circulem a menor velocidade e que se privilegie a circulação pedonal”.
Revelou também que “existem duas candidaturas aprovadas no âmbito da mobilidade urbana sustentável, onde a circulação pedonal e ciclável ainda se vai tornar mais visível e com mais barreiras para a circulação automóvel”.
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